Como aplicar o conceito de cultura organizacional + exemplos

A cultura organizacional é um conjunto de crenças e valores que ajudam uma empresa a construir um ambiente de trabalho capaz de estimular o crescimento dos colaboradores, valorizando-os e tornando a convivência mais agradável.

Em contrapartida, ela também funciona como uma estratégia de produtividade – sem sombra de dúvidas!

Acompanhe este artigo para descobrir exatamente como ela funciona, quais são os seus pilares e formatos e de que forma torná-la uma realidade por aí.

O que é cultura organizacional: explicação rápida

A cultura organizacional é composta por várias práticas que, somadas ou mesmo colocadas em ação de forma individual, guiam o comportamento dos colaboradores dentro de uma empresa – e da própria marca –, impactando positivamente no ambiente de trabalho por consequência.

Essas práticas têm as visões e valores do negócio como base e interferem diretamente na rotina de todos os envolvidos no cotidiano da organização, assim como na forma como as pessoas interagem, na perspectiva de crescimento e na confiança mútua (e necessária) entre empresa e colaborador.

A seguir, veja alguns elementos que funcionam como pilares desse conceito.

6 pilares da construção da cultura organizacional em empresas

Valores, normas, crenças, rituais, mitos e costumes compõem a cultura organizacional em empresas de todos os portes e setores ao redor do Brasil e do mundo.

Confira-os em detalhes agora mesmo.

1. Valores

Os valores de uma empresa funcionam como uma bússola moral que guia o comportamento de todos e as relações entre colaboradores, entre líderes e liderados e afins, e a transparência, a honestidade e o respeito são alguns exemplos básicos desses valores, que, se colocados em prática, podem transformar um negócio para melhor.

E até durante uma entrevista de contratação eles têm grande importância, pois mostram ao novo colaborador um pouco da personalidade da empresa. Sem contar que servem como guias na hora de um gestor escolher um candidato e podem ser colocadas em destaque se a ideia for fazer um recrutamento mais estratégico.

2. Normas

As normas ajudam um negócio a definir sua cultura organizacional e adaptá-la quando necessário, assim como são criadas ou melhoradas a partir da definição e da evolução da cultura organizacional. Elas compõem uma via de mão dupla.

Através delas, fica mais fácil para a empresa determinar quais práticas são aceitáveis ou não dentro do ambiente de trabalho, ilustrar às equipes o que se espera de cada um e evitar ou resolver possíveis conflitos.

3. Crenças

As crenças refletem, na prática, quais são os propósitos de uma organização. Elas são convicções que moldam as atitudes e decisões dos colaboradores de todos os níveis ou posições e são criadas de acordo com as visões da empresa.

Foco no cliente, valorização do time e superação são alguns exemplos de crenças pertencentes à cultura organizacional de grandes empresas.

4. Rituais

Os rituais, por sua vez, são cerimônias ou eventos que fazem parte da rotina da corporação – e ao contrário do que muita gente pensa, eles também devem fazer parte da construção e das atualizações da cultura, tornando-se fundamentais para manter o clima organizacional em altíssimos níveis.

Um ritual pode ser uma festa para os aniversariantes, um café da manhã mensal para troca de feedbacks ou uma festa de fim de ano ou pode ser mais simples e ter a mesma importância, a exemplo de premiações por desempenho, uma reunião de boas-vindas a um novo colaborador ou atividades feitas para gerar momentos mais descontraídos no dia a dia.

5. Mitos

Melhor chamados de “acontecimentos”, os mitos são histórias da empresa que servem como exemplo ou inspiração para os colaboradores. Eles podem estar ligados a uma dificuldade que foi superada, a uma inovação que mudou o rumo do negócio ou à trajetória dos fundadores, dentre outros relatos.

Tem como comprová-los, pensando que uma imagem (ou um gráfico de resultados!) vale mais do que mil palavras? Faça isso!

6. Costumes

Este último pilar é bastante abrangente, porque está relacionado a tudo o que acontece (ou o que os gestores querem ver acontecer) dentro da organização: os costumes que precisam se tornar, de fato, parte do cotidiano, devem ser levados em conta como pilares da cultura organizacional.

Encorajamento de uma comunicação mais aberta, valorização do esforço dos colaboradores, incentivo à percepção do erro etc., tudo isso pode virar costume!

Levando em conta a última possibilidade, considere que pessoas erram e que, quanto a isso, não há o que discutir, mas o que vai determinar o crescimento pessoal e profissional dos colaboradores é saber se é costume da empresa punir a falha ou encorajar o aprendizado, assim, fica mais fácil compreender o raciocínio.

Por que a cultura organizacional de uma empresa é tão importante?

Às vezes, pode até parecer algo puramente teórico, mas a importância da cultura organizacional é bem prática, e ela possui benefícios reais. Não à toa, esse conjunto de práticas reflete os princípios que guiam a organização e estabelece comportamentos desejáveis.

Uma cultura bem estruturada pode ser um grande diferencial na competitividade da empresa, mas vai muito além disso e impacta também em:

• melhor gestão de pessoas;
• ambiente de trabalho leve e agradável – com todo mundo tendo vontade de ir trabalhar todos os dias;
• aumento do senso de pertencimento dos colaboradores;
• retenção de talentos;
• fortalecimento da marca e de seus defensores; e
• agilidade nos processos.

A partir de uma cultura organizacional devidamente estabelecida, pensamentos e expectativas ficam muito mais alinhados e, muitas vezes, as metas são alcançadas como num passe de mágica, deixando a rotina bem mais encantadora, de fato!

Apenas lembre-se de escolher o formato a implementar seguindo os objetivos atuais do negócio e adequando-se ao cenário no momento.

Conheça os principais tipos de cultura organizacional

Avalie as possibilidades abaixo para entender qual escolher no momento ou ao menos para conhecê-las e pensar sobre elas.

• Cultura de poder: é aquela no qual a definição ou aplicação do conjunto de práticas, crenças e valores gira em torno de um ou mais líderes. Nela, o processo de decisão é mais rápido, pois parte de uma única pessoa ou um pequeno grupo. Essa estrutura costuma valorizar bastante a hierarquia.
• Cultura de papel: funciona com regras bem definidas e prioriza a eficiência dos processos.
• Cultura de pessoas: como o nome sugere, é focada, acima de tudo, nos seres-humanos que fazem parte da empresa, e em criar um ambiente saudável e leve, visando o bem-estar dos colaboradores. Estimula o aprimoramento profissional e costuma resultar numa boa taxa de retenção de talentos.
• Cultura de inovação: empresas com essa cultura estão sempre incentivando o aprimoramento de processos através da inovação e a busca por melhores soluções para a otimização do cotidiano.
• Cultura de resultados: gira em torno do alcance de metas através da alta produtividade e eficiência dos processos.
• Cultura de apoio: estimula a confiança mútua, o trabalho duro e a colaboração entre os membros de cada equipe e da empresa como um todo. Ela tem como objetivo proporcionar um ambiente em que as pessoas se ajudam em busca do mesmo objetivo.
• Cultura de mercado: focada na execução eficiente das tarefas, essa cultura visa, acima de tudo, destacar a empresa no mercado através de seu crescimento contínuo.

Para ficar ainda mais claro, os especialistas Chawork separaram três exemplos dentre vários do mercado que provam que você não precisa focar apenas em um princípio ou propósito e que, em vez disso, é possível criar um ambiente que una os melhores aspectos de cada tipo.

Conheça-os a seguir!

3 grandes exemplos de cultura organizacional

A tabela abaixo ilustra, de forma breve, grandes marcas que você provavelmente já conhece, mas cujos focos da cultura organizacional talvez tenham passado despercebidos até hoje. Dá uma olhada!

Cabe dizer, ainda, que empresas como essas reconhecem, acima de tudo, o que não é cultura organizacional, viu?

Processos operacionais, definições de estruturas hierárquicas e ferramentas podem sim, ser influenciados pela cultura, mas não fazem parte do conceito propriamente dito. E só os rituais – um dos pilares do conjunto de práticas –, por exemplo, não definem a cultura como um todo.

Colocar uma música ambiente e fazer uma festa para os aniversariantes do mês têm o seu valor, mas apenas isso não será o bastante para moldar e estruturar o comportamento de todos dentro da empresa.

Ainda, quando se fala em ambiente de trabalho, não confunda: apesar de parecerem semelhantes, clima e cultura diferem um do outro!

A diferença básica entre cultura e clima organizacional

Enquanto cultura organizacional é o conjunto de valores e práticas enraizados na empresa e é construída no longo prazo, tornando-se capaz de influenciar até no comportamento dos colaboradores, o clima organizacional é como a galera se sente quando está trabalhando.

De forma bem resumida!

O clima pode ser mudado mais rapidamente, tem ligação com o ambiente de trabalho em si e acaba até variando de acordo com o momento em que a empresa está ou quando há mudanças nas lideranças.

Enquanto a cultura funciona como a essência da empresa, o clima organizacional é a manifestação desses princípios no ambiente de trabalho. Dessa forma, fica a pergunta: quais movimentos você está fazendo agora para manter os dois equilibrados e, acima de tudo, positivos?

Continue acompanhando o blog sobre recrutamento e seleção da Chawork e inteire-se sobre mais possibilidades! Até a próxima.