Como analisar perfil comportamental nas empresas?

Entenda o que é perfil comportamental, quais são os tipos e qual a importância deles para o recrutamento e seleção dos melhores colaboradores para as empresas!

Por Chawork 15 de Abril de 2025 - Atualizado em 22 de Abril de 2025 11 min. de leitura
Dois profissionais em um ambiente de escritório moderno, discutindo ideias e analisando documentos, promovendo uma comunicação eficaz entre colegas.

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A análise de perfil comportamental é uma ferramenta que permite ao recrutador mapear traços de personalidade, preferências e a forma como as pessoas interagem umas com as outras no ambiente de trabalho, o que pode ajudar bastante na hora de selecionar talentos para posições mais específicas. 

Isso porque essa avaliação vai além de simples testes e perguntinhas, ela envolve a análise de reações, motivações e valores de cada indivíduo, permitindo um detalhamento que pode influenciar diretamente nas decisões estratégicas da empresa. 

Quando usado corretamente, o perfil comportamental se torna um recurso essencial para a construção de equipes de alto desempenho e para o sucesso das organizações. 

E foi pensando nisso que a equipe de especialistas da Chawork preparou este artigo, no qual você vai entender melhor sobre qual a importância do estudo para o recrutamento, quais os tipos de perfil comportamental, como identificá-los e muito mais. Acompanhe!

O que é perfil comportamental?

O perfil comportamental se refere ao conjunto de características, atitudes e fatores motivacionais que indicam como uma pessoa reage e se comporta em diversas situações no contexto do ambiente de trabalho. 

Esse conjunto pode ser analisado através de modelos psicométricos que identificam os estilos comportamentais predominantes em cada indivíduo, como o perfil DISC, ajudando empresas e gestores a compreender sobre como cada um pode se adaptar a determinados contextos profissionais e sociais.

Ao entender quais são os tipos de perfis presentes nessa metodologia, por exemplo, você compreende e aprende a respeitar e até a lidar com as diferentes personalidades dentro da organização, o que contribui para:

  • Melhorar a comunicação interna
  • Aumentar o engajamento 
  • Criar um ambiente de trabalho mais colaborativo

Afinal, esse tipo de conhecimento faz com que as diferenças entre os indivíduos sejam reconhecidas e respeitadas.

4 principais tipos de perfil comportamental para conhecer

Os perfis comportamentais podem ser classificados em quatro tipos: dominância (D), influência (I), estabilidade (E) e conformidade (C). 

Abaixo, você vai conhecer as suas características com exemplos de cargos que se encaixam em cada um deles.

1. Dominância: executor 

Os dominantes têm como principais características serem assertivos, diretos, objetivos e focados em resultados. São pessoas decisivas e competitivas, com perfil de liderança e que assumem esse posto com frequência em situações de grupo. 

Estão sempre buscando estar no controle das situações e tomam decisões rapidamente, mas também tendem a ser impacientes, insensíveis e não toleram ineficiência. 

Alguns exemplos de profissões que se encaixam com este perfil são: 

  • Executivos e CEOs
  • Gestores 
  • Advogados 
  • Consultores estratégicos e financeiros
  • Chefes de operação
  • Pilotos 
  • Treinadores de equipes esportivas
  • Militares 
  • Bombeiros

2. Influência: comunicador

Os influentes são sociáveis, extrovertidos e se comunicam como ninguém. Sempre motivados pela liberdade e pela criatividade, são otimistas, persuasivos e constroem relacionamentos com facilidade, além de curtirem ser o centro das atenções na maioria das vezes. 

Porém, podem ser um tanto quanto distraídos e, por isso, deixar que alguns detalhes passem despercebidos. 

Alguns exemplos de trabalhos que podem se encaixar com o perfil comunicador são:

  • Jornalistas
  • Publicitários
  • Apresentadores de rádio e TV
  • Locutores de eventos
  • Promotores de eventos 
  • Diplomatas 
  • Vendedores 
  • Professores e educadores
  • Profissionais de marketing 

3. Estabilidade: planejador

Pessoas com este perfil tendem a ser pacientes e colaborativas. Elas preferem ambientes previsíveis, harmônicos e seguros, ou seja, nada de surpresas e coisas que saiam da rotina: com os estáveis, não rola!

São pessoas calmas e motivadas pela lealdade, boas ouvintes e excelentes para trabalhos em equipe e que necessitam de qualidade contínua. Porém, podem não curtir tomar decisões e são mais resistentes a mudanças, já que gostam mais de fazer tudo sempre igual. 

Dentre as profissões que se encaixam neste perfil, estão: 

  • Arquitetos e urbanistas 
  • Engenheiros civis 
  • Enfermeiros
  • Psicólogos
  • Assistentes administrativos 
  • Contadores
  • Secretários
  • Bibliotecários 

4. Conformidade: analista 

Pessoas com perfil de conformidade acentuado costumam ser organizadas, analíticas e detalhistas, além de se concentrarem em garantir precisão e seguir as regras e os procedimentos certos.  

São comprometidos com prazos, possuem abordagem metódica para resolver problemas e realizar análises, porém, tendem a ser mais críticos e rígidos. 

Algumas profissões que se encaixam com o perfil analista são: 

  • Contadores 
  • Auditores
  • Analistas de qualidade 
  • Profissionais de TI
  • Especialistas financeiros 
  • Professores universitários
  • Técnicos em segurança do trabalho 

Vale ressaltar que as listas de cargos que você conferiu são apenas para exemplificar, e nada impede que um exemplo de uma categoria se encaixe em outro perfil. Aliás, muita gente possui mais de um tipo identificado nos testes, sabia?

Por que fazer testes de perfis comportamentais no processo de recrutamento? Qual a importância?

Ao identificar o perfil de cada candidato, o recrutador consegue identificar também as suas soft skills, ou seja, habilidades interpessoais importantíssimas para o dia a dia corporativo, como ter empatia, saber se comunicar bem e resolver conflitos, por exemplo. 

E tem mais: os colaboradores são a alma do negócio, por isso, esse estudo desempenha um papel importante no processo de recrutamento, permitindo que as empresas entendam as características e preferências dos candidatos e os posicionem da melhor forma dentro da organização.

Realizar essa análise é, portanto, ir além do currículo e das habilidades técnicas, é considerar como o indivíduo se comporta no ambiente de trabalho e avaliar de forma mais assertiva a compatibilidade do candidato com a cultura organizacional da empresa. 

Dessa forma, você aumenta as chances daquele colaborador se dar bem a longo prazo e obter uma contratação bem-sucedida, o que não depende somente da qualificação técnica do candidato, mas também de sua capacidade de se adaptar às exigências do cargo e de interagir com outros membros da equipe.

Além disso, o perfil comportamental permite que você consiga:

  • Identificar se o candidato possui as características necessárias para desempenhar a função com êxito.
  • Evitar contratações baseadas em “primeiras impressões” ou em impressões superficiais.
  • Fazer uma escolha mais estratégica e alinhada às necessidades da empresa.
  • Integrar os colaboradores após a contratação. 
  • Entender como cada indivíduo lida com desafios, toma decisões e se relaciona com colegas de trabalho.
  • Oferecer treinamentos mais direcionados aos perfis dos colaboradores.

Em resumo, o perfil comportamental não só aprimora o recrutamento, como também contribui para a construção de equipes de alto desempenho, favorecendo o crescimento contínuo tanto dos colaboradores quanto da empresa.

Agora, sem mais delongas, aprenda a identificar esses conjuntos!

Como identificar os perfis comportamentais? 

Os perfis podem ser identificados através de testes baseados em estudos comportamentais e psicológicos, como o DISC, o MBTI e o teste de preferência cerebral, que são os mais utilizados e conhecidos atualmente. 

Eles têm como objetivo ajudar a melhorar a comunicação, os relacionamentos e a eficácia das equipes, mas diferem na forma como classificam e interpretam o comportamento humano.

DISC 

O teste DISC é uma ferramenta de avaliação comportamental que classifica os indivíduos nos quatro tipos principais de perfis comportamentais que você já viu neste artigo: dominância (D), influência (I), estabilidade (S) e conformidade (C), com base em seus estilos de comportamento e motivação. 

Desenvolvido pelo psicólogo William Moulton Marston no ano de 1920 e posteriormente aprimorado por Walter Clarke, o modelo é amplamente utilizado pelas empresas e ambientes corporativos para melhorar a dinâmica de equipe, liderança e desempenho.

Além disso, ele também é útil para promover o autoconhecimento, melhorar a comunicação interpessoal e otimizar o desempenho em equipes, uma vez que permite entender como diferentes pessoas interagem entre si e tomam decisões no ambiente de trabalho. 

O ideal é que ele seja feito na etapa de recrutamento, mas você também pode pedir para que os atuais funcionários da organização o realizem para ter os resultados salvos no banco de dados.

  1. Primeiro, selecione uma versão confiável do teste DISC, preferencialmente através de uma plataforma que forneça relatórios interpretativos. 
  2. Em seguida, envie o link ou formulário ao candidato com orientações objetivas, explicando que não há certo ou errado nas respostas, apenas diferentes estilos de comportamento. 
  3. Solicite que os respondentes escolham, em cada grupo de afirmações, a que mais se parece e a que menos se parece com o jeito deles de ser.
  4. Após o envio, aguarde a finalização do teste e acesse o relatório gerado com o perfil comportamental de cada candidato. 
  5. Analise os resultados considerando o cargo em questão, observando como as características do perfil DISC se alinham às exigências da função e ao ambiente da empresa. 
  6. Por fim, use as informações como apoio para entrevistas e decisões de contratação, buscando um encaixe mais estratégico entre comportamento, equipe e cultura organizacional.

MBTI (Myers-Briggs Type Indicator)

O MBTI foi desenvolvido por Katharine Cook Briggs e sua filha Isabel Briggs Myers na década de 1940, e é outro sistema de avaliação comportamental que categoriza as pessoas com base em suas preferências psicológicas. 

O sistema é fundamentado na teoria de Carl Jung, que explora como as pessoas percebem o mundo e tomam suas decisões através de arquétipos, padrões universais de pensamento e comportamento. 

Por isso, existem quatro pares opostos do MBTI, e a combinação entre eles resulta em 16 tipos diferentes de personalidades: 

  • Extroversão (E) vs. Introversão (I): este par descreve a forma como as pessoas preferem direcionar sua energia. Enquanto os extrovertidos (E) tendem a ser energizados por interações sociais, os introvertidos (I) preferem atividades solitárias ou com poucas pessoas.
  • Sensação (S) vs. Intuição (N): se refere à maneira como as pessoas coletam informações. Enquanto os sensoriais (S) preferem informações concretas e detalhadas, os intuitivos (N) se concentram em padrões, possibilidades e visões futuras.
  • Pensamento (T) vs. Sentimento (F): refere-se à maneira como as pessoas tomam decisões. Enquanto aqueles com uma preferência por pensamento (T) baseiam suas decisões em lógica e objetividade, aqueles que preferem sentimento (F) tendem a tomar decisões com base em valores e considerações pessoais.
  • Julgamento (J) vs. Percepção (P): este par descreve o estilo de vida das pessoas. Enquanto aqueles com preferência por julgamento (J) preferem uma vida estruturada e organizada, os que preferem percepção (P) tendem a ser mais flexíveis e adaptáveis.

Teste de preferência cerebral

Além do DISC e do MBTI, outro recurso bastante útil na análise de perfil comportamental é o teste de preferência cerebral, baseado no modelo de Ned Herrmann. Essa metodologia considera que cada pessoa tende a utilizar uma ou mais áreas do cérebro de forma predominante, influenciando diretamente na forma como pensa, toma decisões, se comunica e aprende.

A análise parte da ideia de que o cérebro é dividido em quatro quadrantes, cada um relacionado a um tipo de preferência:

  • Lógico-analítico (Quadrante A): pessoas com esse perfil são objetivas, racionais e focadas em dados. Gostam de resolver problemas usando lógica e tendem a se destacar em áreas como finanças, engenharia ou TI.
  • Organizado-planejador (Quadrante B): esse perfil é caracterizado por indivíduos metódicos, detalhistas e voltados para a execução prática. Preferem rotinas, cronogramas e processos bem definidos, sendo comuns em cargos administrativos, jurídicos ou de gestão de projetos.
  • Interpessoal-emocional (Quadrante C): quem se encaixa nesse quadrante tende a ser mais sensível, empático e relacional. Valorizam a harmonia e os vínculos sociais, sendo muito encontrados nas áreas de educação, saúde, RH e atendimento ao público.
  • Criativo-visionário (Quadrante D): são os inovadores, intuitivos e imaginativos. Têm facilidade para pensar fora da caixa, idealizar projetos e encontrar soluções originais. Costumam atuar em design, publicidade, empreendedorismo ou inovação.

Justamente por oferecer esses insights completos é que o teste de preferência cerebral ajuda as empresas a entenderem como cada colaborador processa informações e se posiciona diante de diferentes situações no trabalho, promovendo equipes mais equilibradas e aproveitando o melhor de cada perfil.

Ok, e qual teste de perfil comportamental devo escolher? 

Depende! O DISC é uma abordagem eficaz para melhorar a comunicação e o trabalho em equipe de forma prática e objetiva entre os seus colaboradores, já o MBTI oferece uma visão mais profunda sobre a personalidade e estilo cognitivo de cada um. Por fim, o teste de preferência cerebral vai oferecer um insight mais aprofundado sobre cada talento.

A escolha entre um ou outro depende sempre das necessidades específicas de cada empresa, já que cada teste possui características diferentes que devem ser levadas em consideração. 

Aproveite todas as dicas e informações valiosas que você leu por aqui e implemente-as já na sua rotina!

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