Tipos de recrutamento: quais são, vantagens e como escolher

Interno, externo, misto, online ou às cegas são os principais tipos de recrutamento que você pode fazer na sua empresa, e a escolha dentre esses formatos costuma depender muito do perfil do negócio e dos objetivos do RH.

É que cada método tem um propósito bem definido, de forma que, quando alinhado às estratégias de contratação, contribui para alcançar os melhores talentos, preenchendo posições-chave em uma instituição.

Neste artigo, você vai conhecer melhor os principais tipos de recrutamento e seleção que podem ser feitos, suas vantagens e pontos de atenção. Saia desta leitura sabendo como escolher o melhor método para acertar em cheio nas próximas contratações!

Quais os tipos de recrutamento que existem? 10 principais

Existem cinco principais tipos de recrutamento: interno, externo, misto, online e às cegas, mas, além deles, ainda há outros cinco métodos alternativos que podem ser implementados como parte desses processos ou de maneira independente. Tudo vai depender dos objetivos da gestão.

Conheça, a seguir, detalhes e características dos diferentes tipos de recrutamento.

1. Recrutamento interno

Recrutamento interno é quando a empresa decide preencher uma vaga disponível com um profissional que já faz parte do quadro de funcionários. Essa é uma alternativa para aproveitar talentos já conhecidos, que estão integrados à cultura organizacional e cujas qualificações já foram comprovadas internamente.

Nesse caso, o colaborador pode ser promovido ou transferido de cargo, seja porque possui habilidades para a nova posição, porque deseja mudar de área ou porque quer assumir novos desafios.

Vale destacar que, nesses casos, a mudança de cargo exigirá o aval do atual gestor desse funcionário.

2. Recrutamento externo

Como o próprio nome sugere, neste formato, a empresa opta por buscar talentos fora da empresa, buscando alcançar profissionais diferentes, com novas competências.

Essa busca pode ser feita com o auxílio de agências de emprego, feiras, empresas especializadas em recrutamento estratégico ou redes de contato.

Aqui, vale um chamado: como os profissionais não têm contato com a empresa contratante, é importante deixar bem claros os requisitos do cargo na descrição da vaga.

3. Recrutamento misto

No recrutamento misto, a empresa não tem preferência por receber candidatos de dentro ou de fora da companhia: o processo é aberto para qualquer candidato e, para isso, combina as práticas dos formatos interno e externo. Dessa maneira, é possível avaliar profissionais disponíveis no mercado e também valorizar talentos da casa.

Algumas organizações optam por abrir o processo seletivo interno e externo ao mesmo tempo, gerando uma concorrência igualitária, enquanto outras têm como estratégia realizar primeiramente o processo interno e, caso não tenham sucesso, só então abrir externamente.

4. Recrutamento online

O recrutamento online faz uso das plataformas digitais e sites especializados em emprego para divulgar a vaga, mas não só: a empresa também pode adotar essas tecnologias para receber candidaturas, aplicar testes, realizar triagens e programar contatos automatizados com os candidatos.

Dessa maneira, boa parte do processo fica no ambiente virtual, o que permite que o formato online possa ser combinado com processos internos, externos ou mistos para torná-los mais eficientes.

Este tipo também favorece a captura de talentos para vagas remotas, já que tudo pode ser feito à distância.

5. Recrutamento às cegas

É quando a empresa opta por ocultar informações pessoais dos candidatos durante a triagem, como nome, idade, gênero e instituição de ensino, para tornar a seleção mais imparcial. Dessa maneira, o recrutamento vai priorizar as competências do candidato e combater possíveis vieses discriminatórios, que, por vezes, privilegiam certos grupos em detrimento de outros.

6. Recrutamento social

Esta modalidade faz uso das redes sociais, como LinkedIn, Facebook ou Instagram, para divulgar as vagas e atrair candidatos.

Essa campanha pode partir dos perfis da própria empresa ou até mesmo contar com o engajamento de gestores e colaboradores no compartilhamento da informação para suas redes de contato.

7. Recrutamento inclusivo

Focado em promover diversidade e inclusão no processo seletivo, esse método busca garantir que pessoas de diferentes origens, gêneros, idades ou capacidades tenham acesso às oportunidades.

Também pode ser uma ferramenta para reparação de desigualdades históricas que, por muito tempo, limitaram o acesso de determinados grupos ao mercado de trabalho.

Dessa maneira, o recrutamento pode ser voltado exclusivamente para um grupo específico, como Pessoas com Deficiência (PCDs), mulheres ou pessoas negras, por exemplo, as chamadas vagas afirmativas.

8. Recrutamento ativo

Conhecido também como hunting, este tipo consiste na busca proativa de candidatos. Nela, a pessoa recrutadora não espera a candidatura de interessados, mas vai atrás de profissionais no mercado que estejam qualificados para a função e faz o contato ativo para identificar seu interesse.

Muitas vezes, é assim que o recrutador encontra um talento valioso para a empresa, que ainda nem sabia da vaga ou sequer estava procurando emprego, mas que pode cair como uma luva na nova posição.

Também é ideal quando se trata de uma vaga mais estratégica, como gerência ou direção, cuja seleção precisa ser mais criteriosa.

9. Recrutamento por indicação

Nesta modalidade, a empresa permite que funcionários atuais realizem a indicação de profissionais das suas redes de contato, que eles conhecem e sabem que atendem aos requisitos de uma vaga aberta.

Para promover essa prática, muitas empresas oferecem incentivos aos colaboradores que indicarem talentos, recompensando-os pelas contratações que ajudaram a realizar.

10. Recrutamento a partir do banco de talentos

Se sua empresa possui programas de estágio, trainee ou mesmo uma rede de freelancers, pode ter uma mina de ouro de candidatos já conectados com a organização.

É uma prática que favorece tanto a organização quanto os trabalhadores, oferecendo oportunidades de efetivação de profissionais que já comprovaram suas competências e potencial de crescimento.

E aí, já tem seus formatos favoritos? Se ainda não sabe qual pode ser a melhor opção por aí, o próximo tópico vai ser de grande ajuda.

Como saber qual o melhor tipo de recrutamento para minha empresa?

Na hora de escolher, é preciso ter em mente que não há um método melhor ou pior: o recrutamento ideal deve levar em conta o perfil e os objetivos da empresa. Também vale consultar experiências anteriores e ver o que o mercado anda fazendo!

Na dúvida, siga as dicas abaixo.

Considere o perfil da empresa

É importante que a escolha do formato esteja alinhada com a cultura, os valores e o porte da organização, para garantir a atração de colaboradores compatíveis, que tenham fit com o negócio.

Uma empresa mais tradicional, por exemplo, pode preferir métodos mais convencionais e controlados, como recrutamento interno, externo e ativo. Enquanto isso, organizações com uma mentalidade mais inovadora podem adotar métodos mais dinâmicos, como o social ou às cegas.

Tenha clareza sobre os objetivos da contratação

O que exatamente sua empresa espera alcançar com essa nova contratação? Preencher a vaga o mais rápido possível? Encontrar um profissional altamente especializado? Ou talvez construir um ambiente mais diversificado?

Objetivos bem definidos vão contribuir para que o processo escolhido esteja em sintonia com as metas da organização, atendendo às expectativas, evitando o desperdício de recursos e combatendo a alta rotatividade.

Analise resultados anteriores

Nada como a experiência para reunir aprendizados valiosos! Aproveite para revisitar o histórico de contratações e identificar quais métodos mais funcionaram, quais trouxeram melhores candidatos, qual foi o tempo médio de preenchimento das posições e quais estratégias definitivamente falharam.

Tudo isso vai ajudar a definir a nova abordagem, aumentando as chances de sucesso.

Faça benchmarking

Que tal dar uma olhadinha no que o mercado anda fazendo, para se inspirar, colher boas práticas e adaptar estratégias de acordo com a realidade da sua empresa?

Benchmarking é a prática de buscar referências externas e comparar os métodos, ferramentas, prazos e estratégias mais utilizados por organizações bem-sucedidas, e você pode usar o LinkedIn ou mesmo relatórios publicados por grandes instituições para fazer essa pesquisa.

Esteja por dentro das tendências atuais

Manter-se atento(a) ao mercado também significa estar por dentro das tecnologias e tendências que podem otimizar seus recrutamentos e nortear a escolha do processo ideal.

O uso de uma plataforma de recrutamento estratégico, softwares de gestão de talentos e ferramentas de inteligência artificial, por exemplo, pode ser um grande aliado para impulsionar seleções externas e online.

Outras soluções digitais também podem automatizar triagens que tornarão o processo mais ágil, e as próprias redes sociais ainda ajudam a direcionar vagas afirmativas ao público-alvo com mais assertividade.

Explore esse universo de recursos e utilize o que mais fizer sentido para sua estratégia!

Peça feedbacks aos candidatos

A opinião dos candidatos – tanto os aprovados quanto os não aprovados – oferece uma percepção externa e de quem já vivenciou o processo na prática, o que pode gerar insights valiosos para determinar os próximos recrutamentos.

Portanto, aposte em pesquisas para medir a satisfação deles em relação à facilidade do processo, clareza das informações, interação com os recrutadores e outros critérios que considerar pertinentes para realizar ajustes e adaptações necessárias para tornar a seleção mais eficiente e positiva.

Lembre-se de que recrutamento não é apenas preencher uma vaga: é também uma ferramenta poderosa para o sucesso da empresa! Adotar as práticas certas não só aumenta a chance de atrair talentos qualificados, mas também constrói um ambiente de trabalho mais harmonioso, engajado e produtivo.

Boa sorte em suas próximas contratações!