Dicas de Comunicação Não Violenta no trabalho + especial RH

O que é, como adotar e em que momento o RH “entra na história”: explicações importantes sobre a Comunicação Não Violenta estão neste artigo!

Por Chawork 08 de Dezembro de 2025 - Atualizado em 09 de Dezembro de 2025 7 min. de leitura
Dicas de Comunicação Não Violenta no trabalho + especial RH

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Se você quer adotar uma Comunicação Não Violenta no trabalho, precisa observar fatos, expressar seus sentimentos, identificar necessidades próprias e dos outros e fazer pedidos específicos de vez em quando.

Pense que a ideia é transmitir mensagens de forma clara, respeitosa e sem gerar conflitos, reduzindo mal-entendidos e substituindo críticas e julgamentos por aspectos objetivos.

Isso, inclusive, leva à maior colaboratividade e mantém a motivação de todos!

Está curioso(a) sobre como agir, exatamente, em reuniões, feedbacks e até naquele cafézinho durante a tarde? Continue lendo este artigo.

Antes de tudo, entenda o que é a Comunicação Não Violenta (CNV)

A CNV nada mais é do que uma forma de você conversar com alguém e – ouvir essa pessoa! – com empatia, sem julgamentos e nem acusações.

Quem a criou foi psicólogo americano Marshall Rosenberg, na década de 60, numa tentativa de entender por que algumas pessoas se conectavam, mesmo em situações de conflito, enquanto outras reagiam com agressividade.

Foi durante esses estudos que Marshall notou que, por trás da reação dura, existe uma necessidade que não foi atendida

A partir disso, então, o médico desenvolveu um jeito diferente de se comunicar, baseado na empatia, na escuta e na expressão genuína

E aí surgiu a proposta da CNV: transformar desentendimentos em conversas produtivas, onde cada pessoa pudesse ser ouvida de verdade!

Imagine uma reunião em que o clima pesa…

As metas estão apertadas, o gestor cobra resultados de forma direta e a equipe se cala. Quando tudo termina, ninguém se sente ouvido, e o problema continua o mesmo.

Situações assim custam caro (para o bolso e para a estrutura das empresas!), e é para evitá-las que a Comunicação Não Violenta entra em cena, mostrando que empatia e resultado podem andar juntos.

Quando o foco de um grupo deixa de ser “culpar alguém” e passa a ser “encontrar soluções”, o diálogo muda de tom e as pessoas se sentem mais seguras para falar o que pensam. Diminui aquela desmotivação das equipes, acabam até os conflitos silenciosos e o desempenho se torna mais evidente.

O ambiente? Mesmo em casos remotos, fica mais colaborativo! E as decisões são tomadas em conjunto, através da reunião de diferentes pontos de vista, o que é benéfico para os negócios!

Entre os benefícios da Comunicação Não Violenta nas equipes, destacam-se:

  • Partilha aberta de ideias
  • Facilidade para implementar e manter uma cultura de inovação
  • Criação de melhores soluções no dia a dia
  • Alinhamento de prioridades
  • Menos retrabalhos
  • Feedbacks objetivos e sempre construtivos
  • Tomadas de decisão mais rápidas, mas não menos assertivas
  • Confiança que leva à engajamento
  • Identificação rápida de problemas ou falhas
  • Maior envolvimento de diferentes setores

Quer adotar a Comunicação Não Violenta? Comece “no básico”

Na rotina, preste atenção no que está por trás das palavras, como sentimentos, necessidades e intenções, dedique-se mais a ouvir do que a falar e vá cultivando relações de confiança no ambiente de trabalho.

A CNV pede presença e atenção e, com ela, um comentário que antes geraria defesa pode virar um diálogo produtivo quando é feito com empatia.

Atualmente, os líderes que a exercitam, por exemplo, criam ou participam de trocas em que as pessoas realmente se entendam; colaboradores que conseguem seguir essa linha têm uma soft skill essencial para diversas funções e responsabilidades; um RH que a adota costuma contribuir positivamente para a atração e a retenção de talentos e assim por diante.

Como aplicar Comunicação Não Violenta no trabalho a partir de seus 4 pilares

A CNV tem quatro pilares – observação, sentimento, necessidade e pedido –, que devem ser base para o dia a dia dos colaboradores de uma empresa e, principalmente, de gestores, líderes e responsáveis pelo departamento de Recursos Humanos.

Entenda cada um.

1. Observação

Diz respeito à ideia de, antes de alguém reagir a qualquer situação, parar um instante e olhar para o que realmente aconteceu, sem julgamentos. Observar sem julgar é ver o que aconteceu e entender o impacto antes de tirar conclusões.

2. Sentimentos

Quando a CNV aborda “sentimentos”, existe a proposta de cada um reconhecer o que se sente, o que está por trás de uma ação que gera uma reação ou, simplesmente, de uma reação diferente daquela que você esperava?

Analise a si mesmo, não aos outros! Identificar suas emoções é essencial para se comunicar de forma não violenta.

3. Necessidades

Depois de analisar os sentimentos, é essencial identificar a necessidade por trás deles. Uma frustração acontece por quê? Essa identificação é transformadora, porque, quem fala, em vez de focar no erro, passa a focar nas soluções.

4. Pedidos

Os pedidos “amarram” todas as outras etapas: é preciso transformar a observação, os sentimentos e as necessidades em solicitações claras e objetivas, evitando frustrações e mal-entendidos. Olha só como uma simples frase pode juntar todos os quatro pilares da CNV:

“Hoje você chegou fora do horário, e todos devem cumprir o combinado. Como podemos evitar que isso aconteça de novo?”

Nunca assuma que alguém ou um time “deveriam saber” de algo que não foi dito com clareza! E, seguindo nos “dont's” – o que não fazer na prática e no exercício da Comunicação Não Violenta – outros pontos foram trazidos no próximo tópico.

Piores erros para evitar ao aplicar a CNV

  • Não separar fatos de interpretações/julgamentos
  • Reagir antes de observar e identificar sentimentos e necessidades
  • Confundir feedback com crítica
  • Ignorar os próprios sentimentos
  • Presumir as necessidades do outro
  • Fazer suposições em vez de buscar a compreensão
  • Pedidos pouco claros ou excessivamente vagos
  • Foco em culpabilizar em vez de solucionar

Por último, mas não menos importante, também é um erro não praticar a CNV continuamente, viu? Sem treino, os velhos hábitos voltam!

Você não precisa mergulhar nesse universo da Comunicação Não Violenta totalmente de uma vez: o importante é perceber aonde seu comportamento pode melhorar e como você ajuda na evolução dos outros no seu trabalho, usando isso a favor do progresso.

“Pertenço ao RH de uma empresa, devo me preocupar com o tema?”

Sem dúvidas! Cabe muito ao RH – junto de gestores e líderes – transformar a CNV em parte essencial da cultura organizacional. São oito os principais exemplos de ações que cabem aos Recursos Humanos para agir em prol da Comunicação Não Violenta no ambiente corporativo:

8 dicas para o RH promover a Comunicação Não Violenta

  1. Ressaltar a CNV já no onboarding: ou seja, explicar como a empresa espera que todos se comuniquem e apresentar casos práticos de CNV
  2. Promover treinamentos: de observação, sentimentos, necessidades e pedidos; simulando conversas, incentivando a observação de fatos etc.
  3. Abrir espaço para a prática: através de workshops, encontros em grupos de estudo e similares
  4. Revisar processos internos: para adaptar formulários, avaliações de desempenho e políticas da empresa aos princípios da CNV
  5. Criar ou melhorar canais de comunicação: pensando no compartilhamento de opiniões e na busca por ajuda de forma segura e com garantia de escuta ativa
  6. Incentivar reflexões: por exemplo, através de reuniões periódicas em que situações sejam colocadas “à mesa” e haja debate no sentido de “como podemos melhorar”
  7. Monitorar comportamentos: dos times e dos funcionários, desde líderes até colaboradores, atualizando impressões e expectativas em reuniões 1:1
  8. Reconhecer e valorizar alinhamentos à CNV: destacando-os em comunicados internos ou em reuniões
  9. Registrar os aprendizados: em uma espécie de “diário”, afinal, cada situação desafiadora pode virar um caso de estudo, mostrando o que funcionou e o que pode melhorar

Com o tempo, esse registro cria um histórico da evolução! E acompanhá-lo é muito prazeroso! Boa sorte no processo.

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