Job rotation em 7 passos + dúvidas respondidas

Descubra o que é, como funciona e se vale a pena fazer job rotation numa empresa. Aproveite e confira exemplos e esclarecimentos importantes.

Por Chawork 15 de Outubro de 2025 - Atualizado em 15 de Outubro de 2025 7 min. de leitura
Imagem mostrando uma lupa com símbolo de três pessoas e engrenagens, representando análise de equipes, gestão ou recursos humanos, sobre uma mesa de escritório com papéis, livros e laptop ao fundo.

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Job rotation ou, em português, rotação de trabalho é a prática adotada por muitas empresas de mover pessoas entre diferentes cargos ou setores para que elas conheçam melhor o cotidiano geral da corporação e adquiram novas habilidades.

Implementá-lo depende de organização por parte da diretoria e do RH, bem como da definição de objetivos e da transparência com os funcionários.

Você pode começar criando ciclos curtos da presença de colaboradores em áreas diferentes daquelas nas quais eles trabalham ou, se preferir, pode planejar um programa que permite a diversos trabalhadores percorrerem vários setores da empresa em determinado espaço de tempo!

Mas, antes de qualquer movimentação, é ideal ler este artigo até o fim: veja agora como o conceito de job rotation pode virar um aliado para o crescimento de um negócio.

O que é job rotation e como funciona?

O rodízio de funções no trabalho acontece quando uma ou mais pessoas, escolhidas por suas lideranças/RH/gestores, passam por diferentes áreas de atuação, posições, setores ou níveis hierárquicos dentro da mesma empresa.

Nele, cada ciclo (passagem de um colaborador por uma nova “frente”) dura um tempo definido, e a pessoa que troca de função volta à função “oficial” ou parte para uma nova atividade ao término do período estabelecido.

Mas, nunca é demais reforçar: para que o rodízio dê certo, cabe ao RH da empresa definir de quais áreas tira alguém e para quais destina cada colaborador, além de elaborar, junto aos gestores, um planejamento de atividades com metas e prazos.

E existem vários tipos de rotações prováveis, dá uma olhada:

  • Horizontal – troca de funções entre pessoas do mesmo nível; para um colaborador aprender coisas novas, sem que a empresa precise mudar suas responsabilidades principais
  • Vertical – funções assumidas acima ou abaixo da atual; para a empresa treinar alguém para se tornar líder ou quando a ideia é que um funcionário entenda como são tomadas decisões em outros níveis hierárquicos
  • Lateral – trocas entre diferentes departamentos, mas no mesmo nível; mostra a operação por inteiro, melhora a comunicação interna e/ou a integração entre times
  • Cíclica – envolve vários setores em sequência; é um rodízio mais amplo, geralmente para absorção de novas competências na prática, upskilling e reskilling ou similar.

A escolha do formato varia conforme o perfil comportamental das equipes e dos funcionários, e praticamente qualquer cargo pode participar, dos operacionais e técnicos aos administrativos (atendentes, analistas, assistentes, financeiro, marketing, vendas, coordenadores, supervisores etc.).

Para que serve um job rotation?

A ideia de qualquer tipo de rodízio encaixado no conceito de “job rotation” é que um ou mais colaboradores consigam, por exemplo, entender como a empresa funciona na prática, absorver novas habilidades, gerir novas demandas, solucionar problemas diferentes etc.

No job rotation, uma pessoa pode se concentrar em coisas simples, como usar um sistema, participar de reuniões ou acompanhar o dia a dia de um time diferente, ou se aprofundar um pouco mais em determinadas tarefas: tudo depende do combinado entre ela e sua liderança.

O rodízio é, portanto, uma forma de os colaboradores conhecerem processos, descobrirem exatamente como os setores se conectam e contribuírem para as suas e outras equipes e identificarem aonde melhor se encaixam dentro da operação.

Em paralelo, com ele, habilidades e talentos são identificados, dá para perceber gaps de treinamentos e vários outros pontos podem ser vantajosos tanto para o crescimento corporativo quanto para o pessoal, de cada funcionário.

Suas principais vantagens estão listadas adiante – lado a lado com possíveis desvantagens que merecem atenção!

Prós e contras do job rotation

Ao ponderar se vale a pena abraçar a ideia, você provavelmente vai se pegar pensando sobre benefícios e desvantagens do job rotation, então, aqui está um quadro-resumo importante:

Job rotation nas empresas
Benefícios Alertas
  • Motivação no dia a dia
  • Adaptação fácil a mudanças
  • Mais colaboração e integração
  • Preparo ágil para novos papéis
  • Redução de sobrecarga
  • Descoberta e retenção de talentos
  • Geração de insights para decisões
  • Aprendizado constante
  • Troca de experiências
  • Clareza nos processos
  • Sentimento de valorização
  • Atrasos ou comprometimento de entregas
  • Acompanhamento próximo de RH e líderes
  • Investimentos necessários em treinamentos
  • Desejo de retorno à rotina e estabilidade
  • Risco de perda de especialistas em determinadas funções
  • Possível resistência

Tudo certo até o momento?

Passo a passo para implementar job rotation [RH ou gestão]

Defina quais funções entram no rodízio, quanto tempo cada pessoa fica em cada área e, principalmente, execute uma avaliação de desempenho e comportamento como um dos seus pontos de partida.

Além de tudo, entenda como (e “quanto”) o rodízio vai impactar no dia a dia de cada equipe, positiva ou negativamente.

Faça um programa de job rotation para os colaboradores da sua empresa sem dor de cabeça, seguindo as etapas sinalizadas nos próximos tópicos.

1. Dê uma olhada no cenário atual da empresa

Um bom RH só escolhe pelo rodízio de funções depois que estuda o cenário da empresa na íntegra, entende o que faz e quais as necessidades de cada área, quais metas precisam ser atingidas, que gargalos existem etc.

Outro passo essencial será conferir os recursos disponíveis (orçamento, tempo e capacidade de treinamento), para garantir que a prática funcione de verdade.

A partir daí, você conseguirá alinhar o job rotation às estratégias de desenvolvimento interno, aos cargos disponíveis, aos setores existentes, às funções que já existem ou podem ser criadas e, não menos importante, às habilidades que cada um tem ou pode aprender.

2. Conheça as competências e o perfil de cada colaborador

Em paralelo ao seu monitoramento anterior, busque conhecer bem as habilidades, as experiências e as preferências de cada pessoa, mas não se preocupe, pois isso é mais fácil do que parece e pode depender somente de uma pesquisa de clima online ou similar.

Então, ficará mais fácil escolher funções que realmente façam sentido para encaixar na rotação.

3. Defina a duração do programa

Não existe uma regra para o tempo de duração de um job rotation, mas, geralmente, integrações precisam de ciclos curtos (1-3 meses de cada colaborador em cada área), enquanto formação de líderes ou rodízios focados em sucessão podem ter ciclos que durem até 12 meses.

Para desenvolver habilidades específicas, talvez rodadas semanais ou, no máximo, quinzenais já sejam suficientes.

4. Monte o plano oficial de job rotation 

Na sua quarta etapa de execução, crie um planejamento mostrando quem vai passar por quais funções, por quanto tempo e o que se espera de cada pessoa, em cada etapa do processo.

Documente:

  • Objetivos e prazos
  • Sequência das trocas
  • Critérios de escolha de participantes
  • Recursos necessários
  • Responsáveis por monitorar a rotação
  • Indicadores-chave de acompanhamento

E compartilhe isso de forma clara e transparente com todos os envolvidos!

Infográfico detalhado sobre os três ciclos do processo de negócios: Marketing, Comercial e Logística, incluindo tarefas e objetivos de cada fase.

5. Alinhe expectativas com quem vai acompanhar o processo

Aproveite o momento também para deixar claro à pessoa responsável por monitorar a rotação (ou às pessoas), que é fundamental haver:

  • Suporte aos colaboradores
  • Comunicação contínua entre as áreas
  • Reports ao RH e à diretoria
  • Garantia de que todos tenham o que precisam para cumprir com suas novas funções

Inclusive, conforme for recebendo feedbacks – tanto dos responsáveis quanto dos participantes –, vá aplicando ajustes rápidos para que todo mundo tire o melhor da experiência.

Dica! Um “truque” que ajuda muito é anotar os aprendizados e resultados de cada etapa, voltando a eles para identificar padrões e usando as informações assim que surgirem oportunidades.

6. Determine indicadores de sucesso

Meça resultados através de métricas reais, como engajamento, turnover (redução), produtividade, qualidade ou promoções internas, dentre outros. Escolha um ou mais indicadores para observar junto com os padrões, usando-os como termômetro para os seus ajustes.

7. Dê continuidade

Finalmente, decida se o rodízio será uma prática recorrente ou aplicada somente em momentos específicos, de um jeito ou de outro, sempre prezando pelo equilíbrio entre os interesses da empresa e os objetivos individuais de cada colaborador.

Durma tranquilo(a), sabendo que você está fazendo um investimento inteligente em pessoas, os bens mais valiosos da sua organização.

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