Mapa de jornada: para que serve em empresas?

Explore a construção de um mapa de jornada de colaborador como ferramenta estratégica em diferentes empresas.

Por Chawork 13 de Novembro de 2025 - Atualizado em 18 de Novembro de 2025 7 min. de leitura
Imagem ilustrativa de um caminho sinuoso com ícones de redes sociais e conexões, representando estratégias de marketing digital e social media.

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O mapa da jornada é uma ferramenta estratégica que permite visualizar, compreender e aperfeiçoar toda a trajetória profissional de um colaborador dentro de uma empresa.

Ele ajuda a organização a entender como essa pessoa se sente, o que vivencia e quais são os principais pontos de interação dela com a marca ao longo do tempo.

Por isso, é usado para a identificação de gargalos e atuarem em prol do fortalecimento da cultura organizacional, além de frequentemente ser aplicado na definição de novas ações voltadas ao engajamento e crescimento dos times.

Com uma visão clara das etapas da jornada de um funcionário, toda e qualquer empresa consegue aprimorar processos e construir equipes mais engajadas e produtivas. Quer experimentar? Este artigo explica como fazer.

O mapa de jornada de um colaborador como representação visual de sua vida dentro da empresa

Também conhecido como “employee journey map”, o mapa de jornada de funcionários é uma representação visual e estratégica de todas as etapas e interações que cada um tem dentro da organização em que trabalha.

Ao desenhá-lo, gestores, líderes e RH conseguem se colocar no lugar dos colaboradores para entender seus sentimentos e desafios em cada fase profissional, o que contribui para:

  • Melhora da experiência do colaborador
  • Aumento da retenção de talentos e redução de turnover
  • Melhora do engajamento e da produtividade
  • Fortalecimento da forma como cada funcionário e o mercado vêem a empresa
  • Clima organizacional mais positivo

Por exemplo.

Ainda, análises cautelosas de padrões em cada mapa também podem contribuir para futuras contratações mais assertivas.

O verdadeiro valor de um mapa de jornada está na transformação do que se aprende através dele em decisões práticas, sustentadas por indicadores e metas de evolução.

Com esse tipo de investigação, o RH passa a agir de forma tanto preventiva quanto estratégica, antecipando necessidades de pessoas e equipes.

Quais as etapas da jornada de um funcionário? Conheça todas

Atração, recrutamento e seleção, onboarding, engajamento e desenvolvimento, retenção e desligamento são as seis etapas principais que moldam toda a experiência de um profissional dentro de uma empresa.

Detalhes sobre elas estão adiante.

1. Atração – Conhecimento da marca e consideração de candidatura

Nesta primeira etapa, o que mais conta na jornada é como a empresa é vista externamente. Tudo o que a empresa comunica aqui precisa ser coerente com o que ela entrega no dia a dia, pois o mapa de jornada começa antes mesmo da contratação:

  • O que atrai ou repele talentos estratégicos?
  • Os valores da empresa importam?
  • Como é feita a comunicação externa?

O tom das campanhas de recrutamento, a clareza das descrições de vaga e a transparência sobre propósito e benefícios precisam refletir a realidade vivida pelos colaboradores.

2. Recrutamento e seleção – Testes e escolha do colaborador

Depois de se candidatar para uma vaga, o colaborador que segue em frente na jornada passa por recrutamento e seleção.

Aqui, o foco da empresa é encontrar profissionais que tenham o perfil técnico e comportamental ideal para cada vaga, enquanto a experiência de quem deseja o emprego precisa ser transparente, ágil e acolhedora.

Considere tudo o que ajuda a criar um retrato fiel da experiência inicial do colaborador, identificar pontos de fricção na jornada ainda antes da admissão e garantir processos mais humanizados:

  • Entrevistas estruturadas
  • Testes de perfil comportamental
  • Análise de competências
  • Dinâmicas de grupo
  • Estudos de caso práticos
  • Avaliação de fit cultural
  • Follow-ups
  • Etc.

3. Onboarding – Chegada ao time

Após a contratação, o onboarding garante que o novo colaborador se adapte à rotina, aos processos e à cultura da empresa.

No mapa de jornada, essa é uma das etapas mais críticas, pois define as primeiras impressões do colaborador e influencia diretamente em sua permanência e em seu engajamento.

Um onboarding mal conduzido costuma estar entre as principais causas de desligamento precoce

Programas de integração, mentorias e acompanhamento nos primeiros meses são essenciais para haver criação de vínculo e engajamento desde o início, bem como para que o profissional siga em frente na sua trajetória dentro da organização.

4. Engajamento e desenvolvimento – Promoção de aprendizado contínuo

Com o colaborador devidamente integrado, seu próximo passo será buscar progresso profissional na empresa, entregando engajamento e desenvolvimento e, em contrapartida, recebendo o suporte necessário para evoluir constantemente.

O objetivo da empresa ao analisar essa etapa do mapeamento é descobrir se está agindo corretamente na promoção do aprendizado contínuo, na troca de feedbacks regulares e até no envolvimento do funcionário em projetos desafiadores que aumentam sua motivação, performance e conexão com a organização.

Para isso, é importante que o RH defina indicadores de acompanhamento: não se esqueça!

5. Retenção – A tão desejada permanência

Finalmente, na quinta e penúltima etapa do mapa de jornada de um profissional, aparece a retenção deste colaborador.

Para a empresa, isso exige reconhecimento, clima organizacional positivo e perspectivas de crescimento bem alinhadas. Os planos de carreira, benefícios justos e programas de valorização também ajudam.

Por outro lado, para o protagonista da trajetória, precisa representar segurança psicológica, reconhecimento e propósito.

6. Desligamento

Por último, mesmo nem sempre sendo levado em consideração, o desligamento (offboarding) também entra na jornada – e merece atenção.

Ele precisa ser conduzido com cuidado e, acima de tudo, analisado como parte da jornada, não separadamente.

Questione-se:

  • O que levou a esse momento?
  • Existem padrões importantes em mais de um offboarding?
  • Houve falhas no desenvolvimento ou reconhecimento do funcionário?
  • Essa pessoa teve oportunidades de crescimento?
  • Os benefícios estavam alinhados às expectativas?
  • A prática (cotidiano) foi coerente com a teoria (culturas e valores)?

Entrevistas de saída e novas coletas de feedbacks podem trazer várias respostas.

E você deve usar os dados coletados para alimentar o próximo ciclo de mapeamento, identificando causas estruturais de rotatividade e desenvolvendo planos de retenção mais eficazes!

O mapeamento de jornada começa com uma análise geral de todas as etapas apresentadas acima, sem exceção

O que mais você precisa saber para mapear a jornada de um funcionário?

É importante observar interações, expectativas e dificuldades enfrentadas em cada fase, reunindo informações de diferentes fontes e, portanto, coletando feedbacks de diferentes formas, executando avaliações 90º, 180º e até análises 360º e levantando os indicadores de desempenho já mencionados.

Você vai ver: no fim das contas, ficará muito mais fácil (e até mais prazeroso), planejar ações estratégicas para cada etapa, individual e coletivamente, definir prioridades e escolher os recursos necessários para elas saírem do papel!

Para fazer mapa de jornada de colaboradores, siga este passo a passo

Levando em conta todos os pontos de contato, ou seja, todas as interações de um profissional com a empresa:

  1. Mapeie seus funcionários: quem são e quais funções desempenham
  2. Entenda suas necessidades, expectativas e experiências ao longo do percurso
  3. Entenda suas emoções também, preferencialmente usando um hub de avaliações para coletar os registros de forma profissional e descomplicada
  4. Reúna informações sobre cada jornada, mas vindas de outras pessoas (líder direto, colegas, clientes etc.)
  5. Anote aspectos específicos do percurso de cada pessoa, mas também repare naqueles que se repetem entre dois ou mais colaboradores, pois eles podem relevar erros ou acertos sistêmicos
  6. Finalmente, organize tudo de forma visual, usando ferramentas como o Miro, o Trello, o FigJam ou planilhas

Compartilhe os principais insights extraídos dele com os colaboradores, especialmente em formato de iniciativas de melhoria e não apenas como diagnóstico.

Mantenha o desenho atualizado (a cada semestre, pelo menos, ou após grandes mudanças internas), garantindo que as ações adotadas acompanhem as novas necessidades dos colaboradores e do negócio.

Sempre comunique as melhorias implementadas!

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